Os aplicativos constituem nossa vida diária. Precisamos de um táxi? nós saímos Meu Táxi. Queremos um hotel para esta noite? Nós vamos para Hotel Tonightt. Não conseguimos comer? Enviamos um WhatsApp. Alguém está atrasado? Partida para paixão por doces. E isso pode continuar para cada uma das situações que vivenciamos. Nossos telefones têm, em média, 39 aplicativos instalados Já damos a todos eles uso e permissões para acessar nossas informações. Demais? Sim, certamente.
Um relatório publicado recentemente, no qual o Agência Espanhola de Proteção de Dados (AEPD), afirma que quase um terço das Apps requerem permissões excessivas para as funções que desempenham, o que implica que assumam o controlo de partes do telefone do utilizador (câmara, chamadas, contactos, localização) sem qualquer justificação.
Principalmente, as Apps que instalamos pedem (e nós damos-lhes) acesso à nossa localização (32%), seguida do identificador do telefone (16%), acesso a outras contas (15%), à câmara (10%), aos contactos (9% ) e, em menor medida, ao registo de chamadas, SMS, calendário e microfone. Dados que, em princípio, são necessários ao bom funcionamento da App instalada e à base da sua funcionalidade, para a qual a transferimos, mas nem sempre é assim.
Alguns Apps solicitam acesso a informações que pouco ou nada têm a ver com a funcionalidade para a qual os escolhemos.. Por exemplo, aplicativos de armazenamento ou jogos que solicitam acesso ao registro de chamadas; um aplicativo que simula uma lanterna que pede para saber quando você está conectado ou aplicativos, que para se cadastrar usando uma conta do Facebook, pedem acesso à sua lista de contatos nesta rede. Todas estas informações nada têm a ver com a funcionalidade da aplicação, mas são uma condição essencial para poder instalá-la.
O relatório, elaborado por 27 entidades de proteção de dados membros da Global Privacy Enforcement Network, revela ainda que apenas 15% dos aplicativos fornecem informações confiáveis e informações claras sobre como os dados pessoais dos usuários serão coletados e processados. “Pedir permissões e respeitar as regulamentações de privacidade geralmente não é algo que os programadores consideram em primeira instância, mas os usuários também não dão importância a isso. E estes são os primeiros que teriam que ter cuidado com a sua privacidade”, afirma Santiago Begué, chefe do serviço Appytest do centro de tecnologia BDigital, em declarações publicadas no Jornal da Extremadura. “Se um programa pedir para ter acesso ao calendário do usuário, ele ainda terá que considerar se precisa dele. Mas para o usuário parece que se for grátis está tudo bem, e ele não entendeu isso Quando algo é gratuito na internet, o usuário é o produto“, sustenta.
Para preparar este estudo, foram analisadas mais de 1.100 aplicações móveis para iOS e Android.