Ele Modelo de monetização Freemium É um dos favoritos dos investidores hoje. Eles têm certeza de que o importante é obter uma grande base de usuários -embora apenas uma pequena porcentagem deles pague pelo seu serviço-. Por isso, Se você conseguir um grande número de usuários, apenas 10% de usuários pagantes podem representar milhões de dólares em receita por mês, como por exemplo acontece no caso de Clash of Clans.
Qual é o modelo Freemium?
Freemium é um modelo de negócio para monetizar que as empresas oferecem da seguinte forma: dão-lhe uma parte funcional gratuita e se quiser mais funcionalidades obtém-nas em troca de um pagamento. Um exemplo de empresas que realizam este tipo de estratégias são Skype ou Linkedin.
Nesta estratégia, usuários pagantes subsidiam o uso da ferramenta para usuários gratuitos. Mais especificamente, no início a empresa vive de subsídios e investimentos até atingir uma massa significativa de usuários. Naquele momento em que atinge uma grande base de clientes é que obtém mais valor para converter alguns usuários gratuitos em usuários pagantes.
Este modelo freemium funciona muito bem com ferramentas que se tornaram mais valiosas com o tempo, graças ao facto de terem incluído novas funcionalidades e assim convencerem os utilizadores não pagantes a se tornarem premium.
Casos em que a empresa oferece um período experimental para atrair clientes são considerados uma tática de marketing e não um caso do modelo Freemium. Um exemplo disso é o Netflix, que oferece um mês de teste com todos os recursos.
Setores em que a modalidade Freemium tem muito potencial
Inicializações de serviços da Web:
As empresas que precisam obter uma grande base de usuários no início são aquelas que geralmente começam oferecendo seus produtos gratuitamente (por exemplo, Wallapop). Por terem custos marginais baseados em serviços web, podem permitir-se manter um grande número de usuários e finalmente, com o crescimento da ferramenta, acabar capturando e convertendo alguns em usuários pagantes. É claro que, desde que tenham financiamento para chegar a esse ponto.
Empresas SaaS:
O setor SaaS (Serviço como Solução) também conta com um grande número de empresas que utilizam modelos freemium que oferecem ferramentas corporativas para melhorar a produtividade. Existem exemplos em diferentes setores, como armazenamento em nuvem, segurança de TI, backup e Big Data. O Dropbox é um exemplo claro entre eles.
Telecomunicações:
Por fim, destaca-se a presença deste modelo de monetização na indústria de telecomunicações, onde algumas empresas oferecem serviços como comunicação VOIP ou mensagens instantâneas.
Casos de sucesso de empresas que se baseiam em modelos Freemium
MailChimp
Esta ferramenta de email marketing, lançada no final de 2009 e que traz como bandeira o lema “Poder para o Povo”, iniciou o lançamento do seu modelo freemium permitindo o envio de 3.000 emails por mês gratuitamente. E funcionou muito bem. Sua base de usuários cresceu 2.40% em apenas 7 meses. Demorou 9 anos para atingir 85 mil usuários, mas apenas 7 meses para chegar a 290 mil. Tudo graças ao lançamento da assinatura Freemium. Além disso, cresceram no envio de 200 para 450 milhões de e-mails – o que significou mais receita para 200%.
Evernote
Para quem não conhece o Evernote, é uma ferramenta que permite organizar notas na nuvem. O serviço foi lançado em junho de 2008 e hoje já conta com mais de 2,7 milhões de usuários, chegando a 7 mil usuários por dia. Eles nunca investiram em publicidade – todo o seu crescimento é 100% orgânico. Seus usuários Premium pagam 5$ por mês ou 60$ por ano (mais de 70% deles escolhem o pagamento anual).
Hoje o Evernote tem 50.000 usuários pagantes, o que representa quase 2% do total de usuários (ou 6% de usuários ativos).
Com esta estratégia, Evernote aumentou o seu rendimento mensal em 18%. Eles perceberam que para cada 30.000 usuários, apenas 11.000 deles permaneciam ativos após 3 meses (uma taxa de rotatividade de 65%). Embora esse número seja alto, os usuários que permanecem ativos por mais tempo têm maior probabilidade de acabar optando pela versão paga.
bolso
O Pocket ajuda as pessoas a salvar conteúdo interessante que encontram online para ler mais tarde. Esta empresa é um bom exemplo de como a criatividade é a melhor forma de converter usuários em usuários pagantes. O aplicativo, disponível em quase todas as principais plataformas, está em constante desenvolvimento e adiciona novos recursos de tempos em tempos.
Além de botões para Android e iOS, o Pocket vem integrado nativamente ao Firefox e conta com extensões para Chrome e Safari. Para usuários de Mac, existe também uma versão para OS X, que também permite salvar artigos para ler quando estiver offline.
O Pocket é gratuito em todas as plataformas e seu plano Pocket Premium custa 11$ por mês ou 99$ por um ano inteiro. A versão paga permite acesso a mais recursos como biblioteca, busca aprimorada, buscas de texto, autores e palavras-chave, além de sugestões de tags.
Esperamos que agora você tenha mais clareza sobre as vantagens que o modelo de monetização freemium pode lhe oferecer. Cabe a você decidir qual estratégia seguir. Você já sabe qual vai escolher?